Resumo
O artigo científico aborda a importante questão da adaptação sensorial das habitações para melhor atender às necessidades das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), através da arquitetura flexível. O TEA é uma condição neurológica que afeta a percepção sensorial, tornando o ambiente físico um fator crítico para o bem-estar e desenvolvimento dessas pessoas. A pesquisa começa destacando a diversidade de sintomas sensoriais que indivíduos com TEA podem experimentar, incluindo hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos sensoriais como luz, som, textura e odor. Essas sensibilidades podem levar a respostas negativas, como ansiedade e isolamento social, quando não são gerenciadas adequadamente. Vale salientar, que as adaptações físicas devem ser personalizadas de acordo com as necessidades individuais de cada criança com TEA. Além disso, a acessibilidade e a segurança do ambiente também são considerações importantes. Nesse sentido, este artigo destaca a importância das adaptações físicas das salas de atendimento terapêutico como uma parte fundamental do apoio às crianças com TEA. Portanto, o artigo destaca a relevância da adaptação sensorial das habitações como um elemento fundamental na promoção do conforto e qualidade de vida das pessoas com TEA. Além disso, evidencia a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, que envolva profissionais de saúde, arquitetos, terapeutas ocupacionais e familiares, a fim de compreender o conjunto de fatores multidisciplinares, capazes de conceber um ambiente construído mais inclusivo e, consequentemente, possibilitar melhor qualidade de vida dessas crianças e suas famílias.
Palavras-chave: Adaptabilidade de espaço. Arquitetura inclusiva. Arquitetura Neurodiversa. Autismo.
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autismo (TEA) é uma condição neurológica que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social das crianças, apresentando desafios significativos em suas vidas e nas de suas famílias. Nos últimos anos, tem havido uma crescente conscientização sobre a necessidade de criar ambientes inclusivos que atendam às necessidades específicas das crianças com TEA. De acordo com o levantamento do Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo do EUA – CDC, nas últimas décadas há um crescimento mundial de crianças autistas, sendo 01 para cada 44 crianças de 8 anos. Destaca-se que esses dados foram coletados a partir do levantamento realizado em 2018. Segundo Arumugam et al. (2021), o transtorno do espectro autista é percebido geralmente nos primeiros anos de vida, podendo dar continuidade na fase da adolescência e na idade adulta, com características em geral no déficit da comunicação.
De acordo com a lei 12.764 de 27 de dezembro de 2012, para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica caracterizada por deficiência e padrões, no que se refere na comunicação verbal e não verbal usada para interação social e sobre os padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades por comportamentos estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns. Dessa forma, a pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerada como pessoa como deficiência. Desse modo, o Transtorno do Espectro Autista é considerado como uma deficiência que pode interferir no desenvolvimento cognitivo. Entretanto, o nível da disfunção do processamento sensorial é resultante do espectro de cada criança com TEA, que está ligado também aos fatores genéticos, ambientais e imunológicos.
Nesse cenário do aumento notável de criança com TEA, observa-se a preocupação de projetos de ambientes voltados para os atendimentos às crianças com TEA. Mesmo que, existam especialidades da arquitetura voltada para a área da saúde, é fundamental um estudo multidisciplinar com a preocupação da produção de uma arquitetura sensorial, que seja capaz de proporcionar maior qualidade de vida para as crianças com TEA, não apenas com a preocupação das características físicas e estéticas, mas no âmbito das sensações que resultam a qualidade mental. Por esta razão, haverá necessidade de mais ambientes adaptados para atender as demandas terapêuticas utilizadas no tratamento da pessoa com disfunções do processamento sensorial. Nada obstante, vale salientar que o estímulo precoce tem grande relevância no desempenho cognitivo. Com isso, o ambiente construído e adaptado, pode ser um grande aliado para promover sensações e estímulos da percepção. Segundo Marin (2012 apud Del Rio et al. 1996), a percepção é a experiência do usuário em entender a composição do ambiente construído por meio do processamento sensorial e dos estímulos externos captados através dos cinco sentidos, com preeminência a percepção do sentido da visão, uma vez que o homem é 80% visual. Com isso, o projeto arquitetônico deve ser estruturado em consonância com outras ciências multidisciplinar, sob análise da influência comportamental e mental e por meio dos efeitos da percepção dos estímulos sensoriais.
O ambiente fornece informações como matrizes ambientais de energia que são estruturadas por superfícies, limites, eventos, objetos e layout do ambiente. As mudanças de informação são percebidas a partir do movimento do observador (se está sentado, em pé, caminhando etc.) e dos seus sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato). Essas alterações são essenciais para a identificação e extração das informações sobre onde se está, para onde se vai e o que está sendo realizado (LAUREANO (2017, P.55 APUD GIBSON E PICK 2003).
Assim dizendo, o projeto arquitetônico deve ser construído e estruturado sob os fundamentos dos conhecimentos interdisciplinares das ciências, que estuda a correlação da percepção sensorial, com as questões comportamentais e mental do usuário. Uma vez que, os usuários poderão obter os efeitos sensoriais como respostas dos elementos arquitetônicos e suas influências no comportamento humano. Portanto, além do caráter da estética e funcionalidade, a arquitetura tem como em suas características, os impactos cognitivos e emocionais, que tanto pode gerar estímulos cerebrais quanto regular nossas características físicas e fisiológicas (LUIS HIGUERA-TRUJILLO; LLINARES; MACAGNO, 2021).
De acordo com (Dischinger e Högskola (2000), os elementos que estruturam a composição de um espaço físico e que possibilitem de forma intrínseca da percepção, são os elementos que estão relacionados à forma, o tamanho, as texturas, as cores, os sons, os cheiros e os movimentos. De acordo com Trujillo; Llinares; Macagno (2021), através do espaço arquitetônico, tem sido desenvolvido pensamentos com foco em pesquisas do nível cognitivo-emocional. Portanto, a interação dos conhecimentos interdiscimplinares nos permite a compreensão da correlação das neurociências com arquitetura. Segundo Lawton (1990 apud Cupertino, 1996, p. 13 apud Luiz; Tomasini; Alegre, 2008), para o modelo da congruência, atribui-se os elementos ambientais como influências diretamente ao bem-estar pessoal e a condição básica da autonomia das atividades funcionais de vida diária. Portanto, mesmo diante das disfunções do processamento sensorial que pode ocorrer com a criança com TEA, o ambiente construído pode oferecer o estímulo de engajamento e interação físico e social. Sendo assim, o ambiente construído e adaptado para as crianças com TEA, têm como propostas a capacidade de promover o estímulo e conforto sensorial e integração social.
Nesse contexto, a arquitetura flexível emergiu como uma abordagem promissora para proporcionar espaços adaptáveis e acolhedores, capazes de promover o bem-estar e o desenvolvimento dessas crianças. Nesse sentido, a criação de uma arquitetura flexível e sensorialmente adaptável para ambientes internos de habitação, ocupada com criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é crucial no sentido da organização emocional e para a inclusão sensorial.
Figura 1: Linha do tempo em ordem cronológica sobre definição e caracterização do TEA.

Fonte: Vaz, 2022.
Este artigo busca explorar a relação entre a arquitetura flexível e as necessidades das crianças com TEA, destacando-se os princípios fundamentais que orientam o design de espaços que promovam a inclusão e o conforto sensorial. Além disso, examinaremos exemplos práticos de caso de estudo em ambientes de atendimentos terapêuticos e de habitação, que demonstram como a flexibilidade pode ser incorporada de maneira eficaz para melhor atender às demandas específicas dessa população.
Dessa forma, ao longo desta pesquisa, pretende-se fornecer uma visão abrangente das diretrizes e estratégias essenciais que os arquitetos podem adotar para criar ambientes mais acessíveis e acolhedores para crianças com TEA. Inicialmente, cumpre considerar que, embora existam especialidades da arquitetura voltadas para o conforto, a funcionalidade e a estética do ambiente, faz-se fundamental a coexistência de uma arquitetura sensorial, que seja capaz, também, de promover maior qualidade de vida para os seus possíveis usuários. Esta, por sua vez, seria fruto de um estudo multidisciplinar.
Para tanto, o projeto arquitetônico deve transcender a atenção às características meramente físicas ou estéticas do ambiente trabalhado; incluindo, assim, a análise funcional, o impacto do espaço projetado, em face da saúde dos seus futuros ocupantes. Logo, entende-se que o projeto arquitetônico deve ser estruturado em consonância com outras ciências. Acredita-se que, a partir disso, será possível a percepção dos estímulos sensoriais, emitidos por meio dos elementos arquitetônicos, e suas influências comportamentais e mentais.
Nesse cenário, com o aumento notável de criança com TEA, observa-se a preocupação de projetos de ambientes voltados para os atendimentos às crianças com TEA. Mesmo que, existam especialidades da arquitetura voltada para a área da saúde, é fundamental um estudo multidisciplinar com a preocupação da produção de uma arquitetura sensorial, que seja capaz de proporcionar maior qualidade de vida para as crianças com TEA, não apenas com a preocupação das características físicas e estéticas, mas no âmbito das sensações que resultam a qualidade mental. Por esta razão, haverá necessidade de mais ambientes adaptados para atender as demandas terapêuticas utilizadas no tratamento da pessoa com disfunções do processamento sensorial.
O ambiente fornece informações como matrizes ambientais de energia que são estruturadas por superfícies, limites, eventos, objetos e layout do ambiente. As mudanças de informação são percebidas a partir do movimento do observador (se está sentado, em pé, caminhando etc.) e dos seus sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato). Essas alterações são essenciais para a identificação e extração das informações sobre onde se está, para onde se vai e o que está sendo realizado (LAUREANO 2017, P.55 APUD GIBSON E PICK 2003).
De acordo com Mostafa (2008a, 2006b, 2006c e 2003d), a concepção do ambiente construído, desempenha um papel central na criação de estímulos sensoriais para as pessoas, além do impacto significativo ao desenvolver adaptações sensoriais voltadas para o usuário com TEA. Desse modo, o planejamento de espaço com múltiplas oportunidades sensoriais, atua como um recipiente para facilitação, inclusão, acessibilidade e, em última análise, usabilidade para o indivíduo autista no ambiente construído. No entanto, na prática de projeto ainda é priorizado as questões da acessibilidade física, com pouca atenção aos elementos responsáveis às questões dos efeitos dos estímulos sensoriais.
De acordo com (Dos et al., 2020), no tempo atual é uma prática dos projetistas ter em suas perspectivas para a acessibilidade, a concepção de rampas, calçadas e acessos que permitem o ir e vir de todas as pessoas, com possibilidade de ambientes sem restrições por conta da mobilidade física, para maior número de pessoas. Porém, é muito importante considerar a acessibilidade não apenas do ponto de vista físico, mas também do ponto de vista sensorial e emocional ao projetar espaços públicos e privados. No entanto, é bem verdade que a sensibilidade sensorial varia amplamente entre pessoas autistas, e muitas vezes é difícil generalizar essas experiências. Cada indivíduo autista pode ter diferentes níveis de sensibilidade aos estímulos sensoriais, essas sensibilidades podem variar ao longo do tempo e em diferentes contextos. Portanto, ao projetar espaços acessíveis para pessoas autistas, é importante adotar uma abordagem flexível e personalizada, pois a sensibilidade sensorial é um aspecto altamente individual e variável do autismo, e as experiências de diferentes indivíduos podem variar amplamente.
Toda experiência com a arquitetura é multissensorial, as características de espaço, matéria e escala são medidas igualmente por nossos olhos, ouvidos, nariz, pele, língua, esqueleto e músculos. A arquitetura reforça a experiência, nossa sensação de pertencer ao mundo. Em vez de mera visão, ou dos cincos sentidos clássicos, a arquitetura envolve diversas esferas da experiência sensorial que interagem e fundem entre si. (PALLASMAA, 2011).
Ainda de acordo com (Dos et al., 2020), considerar a variabilidade das sensibilidades sensoriais das pessoas autistas e adotar uma abordagem personalizada e flexível no espaço habitacional é fundamental. A colaboração com a comunidade autista e profissionais especializados é essencial para criar ambientes que sejam verdadeiramente inclusivos e que permitam que as pessoas autistas se sintam mais confortáveis e envolvidas em suas interações com o espaço em que convivem.
2. ADAPTABILIDADE EM AMBIENTES TERAPÊUTICOS
Segundo Rodi et al. (2021), é verdade que as informações de um ambiente são interpretadas pelos vários sentidos humanos, conforme recomendado pelos cinco sentidos aristotélicos: tato, visão, audição, olfato e paladar. Além disso, os sentidos vestibulares (equilíbrio) e proprioceptivo (percepção corporal) desempenham um papel importante na percepção do ambiente, e esses sentidos foram incorporados após os estudos de Integração Sensorial. A arquitetura evidenciará as manifestações do ambiente em cor, textura, temperatura, forma, volume, iluminação, acústica, mobiliário e inúmeros outros fatores. Ainda de acordo com Rodi et al. (2021), para o TEA, essas informações devem ser bem evidentes, já que para conseguirem se adaptar a cada espaço, precisam entender facilmente qual é o comportamento esperado.
O ambiente fornece informações como matrizes ambientais de energia que são estruturadas por superfícies, limites, eventos, objetos e layout do ambiente. As mudanças de informação são percebidas a partir do movimento do observador (se está sentado, em pé, caminhando etc.) e dos seus sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato). Essas alterações são essenciais para a identificação e extração das informações sobre onde se está, para onde se vai e o que está sendo realizado (GIBSON E PICK, 2003 APUD LAUREANO 2017, P.55).
O estudo considerado por Unwin et al. (2022) destaca a existência de evidências que demonstram que crianças autistas podem experimentar melhorias em aspectos do funcionamento sensorial após o uso de uma Sala de Estimulação Multissensorial (MSE). Essas salas, também conhecidas como salas de sono ou salas multissensoriais, são projetadas para fornecer uma variedade de estímulos sensoriais controlados, como luzes suaves, núcleos, texturas, sons e movimentos, com o objetivo de criar um ambiente calmante e de estímulo sensorial para indivíduos com necessidades especiais. Embora haja algumas evidências preliminares de benefícios para crianças autistas, o estudo mencionado indica que, até o momento, não houve uma investigação específica sobre como usar essas salas de estimulação multissensorial de maneira eficaz para melhorar o funcionamento das crianças autistas.
Da mesma forma, para Rodi et al. (2021), a terapia de integração sensorial, em particular, foca em melhorar a maneira como o processo cerebral responde aos estímulos sensoriais. Ela pode ajudar a criança a regular suas respostas sensoriais, melhorando sua capacidade de interação com o ambiente de forma mais eficaz.
Um método eficiente de tortura mental é o uso de um nível de iluminação tão alto e constante que não deixa espaço para o retraimento mental ou para a privacidade, até mesmo a interioridade escura do ego é exposta e violada. (PALLASMAA, 1996, P.43).
Unwin, Powell, e Jones (2022), relata que criação de um ambiente de sala de aula que seja mais previsível e que permita às crianças com autismo mais controle sobre suas experiências sensoriais pode ajudar a reduzir a ansiedade e o desconforto sensorial que podem interferir na aprendizagem e no engajamento. Nesse sentido, é importante notar que as necessidades sensoriais das pessoas com autismo podem variar significativamente de um indivíduo para outro. Isto é, os perfis sensoriais e as necessidades sensoriais são marcados pela heterogeneidade, o que significa que não há uma abordagem única que funciona para todos.
Desse modo, ainda de acordo com Unwin; Powell; Jones, (2022), alguns indivíduos são hipersensíveis a certos estímulos sensoriais, enquanto outros podem ser hipoativos ou buscar determinadas sensações. Deste modo, ao planejar ambientes ou intervenções sensoriais para pessoa com autismo, é fundamental considerar a individualidade de suas necessidades sensoriais. Isso pode envolver a observação atenta do comportamento da criança, a comunicação com seus pais ou cuidadores para entender suas preferências e a colaboração com profissionais especializados em terapia sensorial. Portanto, o conforto final pode estar a partir da criação de um ambiente que seja personalizado para atender às necessidades sensoriais específicas da criança, proporcionando-lhe a oportunidade de se envolver de forma mais eficaz no ambiente e nas atividades. Isto é, os ambientes construídos para o autismo devem ser: flexíveis e adotáveis; não ameaçador; sem distração; previsível; controlável; sintonizado sensório-motor; seguro; e não institucional (VOGEL, 2008 APUD MOSTAFA, 2015 P.56).
“[…] As pessoas com autismo, por exemplo, lidam com seu ambiente de uma maneira particular, porque seu modo diferente de processar informações influencia sua experiência espacial […]” (KINNAER, BAUMERS, HEYLIGHEN 2014, p. 175 APUD HO 2020, p. 31).
A flexibilidade dos espaços para (Creai, 2005, Mostafa, 2008 apud Ho, 2020), pode ser uma solução eficaz para criar ambientes que se adaptem às necessidades individuais dos usuários, incluindo aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa abordagem permite que os espaços sejam configurados e reconfigurados de acordo com as necessidades específicas de cada momento, ao mesmo tempo em que mantém elementos que tornam o espaço facilmente reconhecível para um uso determinado. De modo que, a flexibilidade espacial pode ser alcançada de várias maneiras, e a utilização de objetos e móveis é uma estratégia eficaz para esse fim. Ao contrário dos elementos construtivos permanentes, objetos e móveis podem ser movidos e adaptados conforme necessário, permitindo uma personalização dinâmica dos espaços. Isso é especialmente importante para pessoas com TEA, que podem se beneficiar de ambientes que se ajustam às suas necessidades sensoriais e funcionais em diferentes momentos.
As informações fornecidas por Mostafa e Demilly (2014), destacam a importância da arquitetura no design de ambientes adequados para pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). No entanto, esses autores também observam uma lacuna significativa na maioria das diretrizes e normas construtivas, que geralmente ignoram o autismo como uma consideração relevante. Aqui estão os principais pontos estratégicos:
- Papel da Arquitetura no Design de Ambientes para TEA: A arquitetura desempenha um papel fundamental na criação de ambientes que sejam funcionais e adequados para pessoas com TEA. Isso envolve a manipulação do meio físico para facilitar funções específicas e induzir comportamentos desejados.
- Falta de Consideração para o Autismo em Diretrizes Construtivas: Mostafa e Demilly destacam que, apesar da importância da arquitetura no contexto do TEA, as diretrizes e normas de construção geralmente não incluem considerações específicas para essa população. Isso significa que os arquitetos muitas vezes não têm orientações claras sobre como projetar ambientes que atendam às necessidades de indivíduos com TEA.
- Necessidade de Conscientização e Educação: Com base nessas observações, fica claro que há uma necessidade de maior conscientização e educação no campo da arquitetura em relação ao autismo. Isso inclui a compreensão das necessidades sensoriais, cognitivas e funcionais das pessoas com TEA, bem como a aplicação de princípios de design que promovem ambientes mais inclusivos.
Portanto, a coparticipação entre arquitetos e profissionais ligados ao acompanhamento de pessoas com TEA é uma abordagem altamente eficaz para criar ambientes construídos que atendam às necessidades específicas dessa população. Essa abordagem promove a inclusão, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas com TEA, garantindo a importância do ambiente físico no seu dia a dia. Essa conversa também envolveria “[…]
a reflection on the way and capacity of these users to appropriate and invest physically and psychologically in such spaces. (Demilly, 2014 p. 239)2.
A ambiência, como destacada por Pallasmaa (2011), é composta por elementos que interagem e afetam o comportamento humano. Isso significa que o ambiente físico ao nosso redor desempenha um papel fundamental em nossa experiência e comportamento. Quando se trata de ambientes terapêuticos sensoriais, a ênfase está na criação de espaços que proporcionem estímulos sensoriais específicos e promovam o equilíbrio na integração sensorial do indivíduo. Portanto, segundo Pallasmaa (2011), a combinação desses elementos visa fornecer estímulos sensoriais que ajudam a regular a percepção sensorial do indivíduo e a promover o bem-estar. Esses espaços são especialmente úteis para pessoas que podem ser hipersensíveis ou hipoativas a certos estímulos sensoriais, permitindo-lhes experiências de maneira controlada e segura.
3. ADAPTABILIDADE EM AMBIENTE HABITACIONAL
Ao considerar o edifício tipo habitacional, segundo Preece et. all., (2006 apud Ho, 2020), ainda não abordam especificamente as necessidades das pessoas com autismo. Isso significa que essas residências são adaptadas individualmente para atender às necessidades específicas de cada pessoa com autismo. Segundo (Mostafa, 2015), Projetar um ambiente construído para atender às necessidades de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) requer uma abordagem sensível e cuidadosa para criar um ambiente que seja acolhedor, funcional e que permita uma experiência confortável para seus usuários. Inclusive, deve-se considerar que as necessidades individuais de pessoas com TEA podem variar muito, portanto, a personalização e a flexibilidade são fundamentais para projetar um ambiente construído para o autismo. A consulta a especialistas e a atenção aos cuidados com as necessidades do usuário são essenciais para criar um ambiente acolhedor e funcional.
É verdade que muitos dos princípios e métodos de design conforme Gaines et. All., (2018) são utilizados em ambientes de sala de aula para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ser adaptados e aplicados em ambientes residenciais. Desse jeito, as famílias que têm uma criança com TEA em casa, enfrentam desafios semelhantes aos professores em sala de aula e podem se beneficiar de estratégias de design que promovam a funcionalidade e o bem-estar em sua habitação.
Ainda segundo Gaines et. All., (2018), a criação de um espaço de fuga em um ambiente residencial para uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser uma estratégia poderosa para fornecer uma regulação local sensorial e emocional. Assim como ocorre nas salas de aula, um espaço de fuga em casa pode trazer diversos benefícios para uma criança com TEA. Desse modo, um espaço de fuga bem projetado pode ser uma ferramenta poderosa para ajudar a criança com TEA a regular suas emoções, reduzir a sobrecarga sensorial e melhorar o bem-estar emocional. Ele também oferece um ambiente seguro onde a criança pode recuperar o controle quando se sente sobrecarregada. A criação desse espaço requer um equilíbrio entre personalização e funcionalidade, levando em consideração as necessidades individuais da criança com TEA.
Desse modo, é importante compreender que a criação de um ambiente de refúgio para indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com Ho (2020), não significa necessariamente a criação de um espaço completamente sem estímulos ou um ambiente neutro. O objetivo de um ambiente de refúgio é proporcionar um espaço que seja controlado, previsível e adaptado às necessidades sensoriais e emocionais da pessoa com TEA. Esses espaços são projetados para ajudar a regular a percepção sensorial e proporcionar um local onde a pessoa possa se sentir segura e confortável.
O relatório da Arizona State University (2014), com base em estudos sobre habitação e vida adulta para a população com TEA, provavelmente aborda a importância de criar ambientes que proporcionem uma dose de certos estímulos sensoriais, sem sobrecarregar uma pessoa com TEA. Embora algumas pessoas com TEA possam se beneficiar de ambientes mais tranquilos e com menos estímulos, outras podem precisar de uma quantidade controlada de estímulos sensoriais para se envolverem e se autorregularem. Portanto, a chave para projetar um ambiente de refúgio eficaz é a personalização. É importante considerar as necessidades sensoriais e emocionais dos indivíduos com TEA e criar um espaço que atenda a essas necessidades específicas. Isso pode envolver elementos como controle de iluminação, escolha de núcleos, texturas, objetos sensoriais e móveis adaptados.
Ferramentas mais aplicáveis como “design participativo”, pode permitir que as necessidades autistas sejam melhor representadas em o processo de projeto habitacional (Lee & Jachna 2004, P.03).
De fato, segundo Mostafa (2013), o espectro de desafios do autismo é altamente variável e individualizado, o que torna difícil a criação de um conjunto único de regras ou diretrizes que se aplicam uniformemente a todas as situações. Visto que, embora as diretrizes de acessibilidade e design possam abordar desafios de mobilidade de maneira relativamente padronizada. Isto é, a natureza complexa e diversificada do autismo requer abordagens mais flexíveis e personalizadas. Além disso, as abordagens precisam levar em consideração não apenas as necessidades físicas, mas também as sensoriais, emocionais e sociais das pessoas com TEA.Parte superior do formulário
- CASO DE ESTUDO EM AMBIENTE TERAPÊUTICO
Para Gabriela (2020), as soluções mencionadas para fornecer estímulos sensoriais são recursos valiosos em ambientes terapêuticos e educacionais para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esses recursos têm como objetivo principal proporcionar experiências sensoriais controladas e estimulantes, com ênfase na promoção do reconhecimento de sentimentos de causa e efeito. Parte superior do formulário
Atualmente possui diversos tipos de soluções para fornecer estímulos sensoriais, podendo incluir música suave, paredes táteis, luzes, projetores, almofadas, tubos de bolha, desenhos e figuras, o qual eles têm como intuito propor que as crianças reconheçam sentimentos de causa e efeito. (CORAUTISTA, 2011).
Figura 2: Espaço sensorial para criança com TEA.

Fonte: Freitas (2020).
Figura 3: Centro para Autismo e Desenvolvimento Cerebral, Nova Iorque. (As cores auxiliando na compartimentação do ambiente).

Fonte: Brownlee, 2016
Figura 4: Centro para Autismo e Desenvolvimento Cerebral, Nova Iorque. (Espaço infantil sensorial, utilizando luzes e cores).

Fonte: Brownlee, 2016.
Figura 5: Espaços terapêuticos sensoriais.

Fonte: Núcleo UPB4 (2013 607).
- ESTUDO DE CASO EM AMBIENTE TERAPÊUTICO
Figura 6: Sala de Estimulação Multissensorial da APAE Recife.

Figura 7: Assentos curvilíneos.

Fonte: Archdaily (2019).
Figura 8: Cubículos de madeira.

Fonte: Archdaily (2019).
- ESTUDO DE CASO EM AMBIENTE HABITACIONAL
De acordo com Fernandes (2021) a vivência cotidiana das crianças autistas e a observação direta de suas interações com o ambiente construído são componentes importantes na identificação das necessidades específicas. Como mencionado, o TEA se manifesta de maneira única em cada indivíduo, e apenas um entendimento profundo e empático de suas experiências pode informar intervenções eficazes. Além disso, a colaboração estreita entre arquitetos, designers, terapeutas ocupacionais, psicólogos e famílias de crianças com TEA é essencial para criar ambientes que promovam o bem-estar, a inclusão e o desenvolvimento das crianças.
Figura 9: Personalização de texturas suaves de roupa de cama.

Fonte: Designing for Autism Spectrum Disorders (2018).
A citação dePallasmaa (2011), “a visão revela o que o toque já sabe”, destaca a interconexão entre os sentidos e como a percepção visual muitas vezes está relacionada às experiências táteis e sensoriais que já vivenciamos. Essa ideia enfatiza a importância da experiência sensorial e da memória sensorial em nossa compreensão do ambiente ao nosso redor. Quando vemos algo, nosso cérebro muitas vezes evoca sensações táteis, emocionais e experiências passadas associadas a essa visão. Desse modo, como exemplo, ao verum edredom em uma cama e imediatamente saber que ele é macio, ilustra como nossa visão pode desencadear associações sensoriais. A visão do edredom nos lembra de como é a sensação ao tocá-lo e nos faz antecipar essa experiência tátil. Isto é, só demonstra como nossos sentidos trabalham juntos para nos ajudar a compreender e interagir com o mundo ao nosso redor.
Ainda de acordo com Pallasmaa (2011), a compreensão da interconexão dos sentidos tem implicações importantes nos ambientes, especialmente ao considerar como criar espaços que sejam acolhedores, visíveis e visíveis para pessoas com diferentes necessidades sensoriais, como no caso de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Figura 11: Espaço de fuga localizado na área de menor circulação e melhor para o monitoramento da criança com TEA.

Figura 12: Espaço de fuga com contemplação do paisagismo.

Fonte: ArchDaily, 2021.
Considerações Finais
É importante lembrar que a sensibilidade sensorial é apenas uma das muitas características do autismo, e cada pessoa autista é única em suas experiências. Portanto, adotar uma abordagem centrada na pessoa e respeitar suas necessidades individuais é fundamental para criar ambientes mais inclusivos e apoiar as pessoas autistas em sua interação com o espaço em que convivem.
De acordo Unwin et al. (2022), é importante notar que a abordagem ideal para cada criança autista pode variar bastante, e o uso de uma sala de estimulação multissensorial controlada, deve ser personalizado de acordo com as necessidades e preferências individuais de cada criança. Além disso, uma pesquisa contínua e a colaboração com especialistas em autismo são cruciais para entender melhor como melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das crianças autistas por meio de disciplinas sensoriais adequadas. De acordo com Gaines et. All., (2018), segue algumas considerações importantes:
- Comunicação e Interação Social:
• Crie espaços de interação social, como áreas de convívio, onde a criança possa praticar habilidades sociais em um ambiente confortável e controlado.
• Utilize sistemas visuais de apoio, como quadros de comunicação, para facilitar a comunicação e a compreensão das rotinas diárias. - Rotinas e Previsibilidade:
• Estabeleça rotinas consistentes em casa, com horários claros para atividades como alimentação, sono e lição de casa.
• Utilize sinalizações visuais ou calendários visuais para ajudar a criança a prever e entender as atividades do dia. - Processamento Sensorial:
• Crie áreas sensoriais ou cantos sensoriais em casa, onde a criança possa explorar estímulos sensoriais de forma controlada e adaptada às suas necessidades.
• Se a criança tiver sensibilidades sensoriais específicas, como hipersensibilidade auditiva, considere isolamento acústico ou a introdução de sons suaves e específicos. - Adaptação do Ambiente:
• Faça adaptações no ambiente residencial, como remoção de obstáculos, para tornar o espaço seguro e acessível.
• Considere a necessidade de móveis adaptados ou elementos de segurança, dependendo das necessidades da criança. - Espaços de Calma, fuga e Regulação:
• Designe espaços de refúgio ou calma em casa, onde a criança possa se retirar quando estiver sentindo sobrecarregada sensorialmente.
• Garanta que esses espaços sejam confortáveis e tenham elementos que ajudem a criança a se divertir, como almofadas ou iluminação luminosa. - Consulte Profissionais Especializados:
• Trabalhe em conjunto com terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros especialistas que possam fornecer orientações específicas para o ambiente residencial. - Personalização Contínua:
• Esteja se dispôs a ajustar e personalizar o ambiente de acordo com as necessidades em evolução da criança com TEA.
Lembre-se de que cada criança com TEA é única, e as adaptações no ambiente residencial devem ser feitas com base em suas necessidades específicas. Um ambiente residencial bem projetado pode oferecer suporte significativo para o desenvolvimento e o bem-estar de uma criança com TEA, ao mesmo tempo em que proporciona um ambiente seguro e acolhedor para toda a família.
Em resumo, oferecer um ambiente sensorial personalizado e controlado pode ser altamente benéfico para crianças com autismo, ajudando a lidar com desafios sensoriais, ansiedade e incerteza. Essas descobertas destacam a importância de considerar as necessidades sensoriais individuais e fornecer ambientes inclusivos e adaptados para crianças com autismo.
Portanto, ao projetar espaços residenciais para pessoas com TEA, a flexibilidade deve ser um elemento-chave a ser considerado. Isso não apenas melhora a usabilidade do ambiente, mas também promove a inclusão e o bem-estar, permitindo que os indivíduos com TEA tenham mais controle sobre seu ambiente e suas experiências sensoriais e perceptuais.
Em resumo, a arquitetura desempenha um papel crucial na criação de ambientes adequados para pessoas com TEA, mas é importante que essa consideração seja incorporada de forma mais abrangente nas diretrizes e normas construtivas. Isso exigia uma maior conscientização e colaboração entre os profissionais de arquitetura e especialistas em TEA para garantir que os ambientes sejam personalizados de maneira a atender às necessidades dessa população de maneira eficaz.
ressalta a importância de considerar as necessidades de moradia das pessoas com autismo, tanto em residências sob medida quanto em políticas de habitação em massa. Isso envolve a conscientização sobre a importância do ambiente residencial para o bem-estar das pessoas com autismo e a adoção de medidas para garantir que essas necessidades sejam atendidas de maneira eficaz no contexto da habitação social.
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1Arquiteto e Urbanista. Faculdade de Ciências Humanas – ESUDA. Especialista em Acústica Arquitetônica e Iluminação. Faculdade de Ciências Humanas – ESUDA. Doutorando – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de Lisboa / Portugal.
2 “Uma reflexão sobre a maneira e a capacidade desses usuários se apropriarem e investirem física e psicologicamente de tais espaços”. (tradução nossa).